Orçamento

Planos de saúde têm lucro operacional de R$ 2,4 bi no semestre, 1º resultado positivo desde 2021

No primeiro semestre de 2024, as operadoras de planos de saúde reportaram um resultado operacional positivo de R$ 2,4 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 4,3 bilhões observado no mesmo período de 2023, conforme dados fornecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Este é o primeiro semestre com resultado positivo desde 2021.

O lucro líquido, que inclui receitas financeiras, saltou de R$ 1,5 bilhão para R$ 5,1 bilhões entre janeiro e junho de 2024, em comparação com o ano anterior. A receita total do setor cresceu 10,7%, alcançando R$ 166,5 bilhões, enquanto as despesas médicas aumentaram 8%, totalizando R$ 124,8 bilhões.

“Vale destacar que temos os melhores números desde 2021. Isso reforça que estamos em sólido caminho de retomada dos saldos positivos e que é o momento favorável para que as operadoras concentrem seus esforços no aumento da qualidade dos serviços, em ações de promoção de saúde e prevenção de doenças, como temos recomendado na Agência”, destacou Jorge Aquino, diretor de normas e habilitação das operadoras da ANS.

No segundo trimestre, a taxa de sinistralidade foi de 85,1%, representando uma melhoria de 3,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. “A melhoria foi impulsionada principalmente pelos grandes grupos que reduziram sua sinistralidade em 4,9 pontos percentuais (p.p.), na comparação anual. Em contraste, os players de pequeno e médio porte tiveram uma piora em seus índices de sinistralidade médica”, conforme o relatório do Itaú BBA.

Entre as principais operadoras, a Hapvida viu uma queda de 6,2 pontos percentuais na sua taxa de sinistralidade, que passou para 67,9% no segundo trimestre. A Notre Dame Intermédica teve uma redução de 6,4 pontos percentuais, resultando em 76,4%. A Amil conseguiu diminuir sua taxa de 103,7% para 78,7%. A SulAmérica reduziu sua sinistralidade em 3 pontos percentuais, e a Bradesco Saúde obteve uma redução de dois pontos percentuais.

A Fenasaúde ressaltou que “bons resultados na saúde suplementar são positivos para toda a cadeia de prestação de serviços privados de saúde, que emprega cinco milhões de pessoas. Os indicadores do semestre refletem fortes ajustes feitos pelas operadoras no sentido de dar mais equilíbrio ao sistema”, afirmou Vera Valente, diretora-executiva.

Antonio Britto, presidente da Anahp, enfatizou que “o funcionamento financeiramente sustentável do setor, com bons resultados das operadoras, é essencial para todos” e acrescentou que os resultados positivos das operadoras devem ser refletidos nos hospitais, que têm enfrentado desafios devido às pressões das operadoras.

Título da Matéria: Planos de saúde têm lucro operacional de R$ 2,4 bi no semestre, 1º resultado positivo desde 2021
Fonte: Valor Econômico
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